domingo, 29 de junho de 2014

Densitometria Óssea

A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo.
Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças que possam atingir os ossos.
Os aparelhos hoje utilizados conseguem aliar precisão e rapidez na execução dos exames, a exposição a radiação é baixa, tanto para o paciente como para o próprio técnico. Cumpre lembrar que, de acordo com o item 32.4.4 da NR-32, grávidas não podem trabalhar com radiação ionizante em serviços de saúde, independentemente do nível de exposição à radiação.
As partes mais afetadas na osteoporose são: o colo do fêmur, coluna, a pelve e o punho. As partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur e a coluna vertebral.
Sabe-se que hoje a densitometria óssea é o único método para um diagnóstico seguro da avaliação da massa óssea e consequente predição do índice de fratura óssea.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a osteoporose é definida como doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da micro-arquitetura do tecido ósseo.
O objetivo de se fazer uma densitometria óssea é avaliar o grau da osteoporose, indicar a probabilidade de fraturas e auxiliar no tratamento médico. O paciente não necessita de preparo especial e nem de jejum.
O exame leva aproximadamente 15 minutos. A osteoporose pode ser controlada com base nos resultados obtidos com a densitometria.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Densitometria_%C3%B3ssea

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mamografia Convencional x Mamografia Digital

                                equipamento de mamografia digital
 
O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres em todo o mundo, respondendo por quase 25% de todas as neoplasias femininas. É também a principal causa de mortalidade por câncer entre as mulheres (WHO, 2007; IARC, 2010). Estima-se que no ano de 2012 serão diagnosticados mundialmente 1,4 milhões de novos casos e que ocorrerão aproximadamente 500.000 mortes em decorrência da doença (WHO, 2012). No Brasil o cenário é semelhante, sendo esperados para 2012 mais de 52.000 novos casos e cerca de 12.000 óbitos pela doença (INCA, 2012).
 
Felizmente, as taxas de mortalidade por câncer de mama têm diminuído desde 1990. Acredita-se que essas quedas são resultado da detecção precoce e do tratamento mais adequado (WHO, 2012). A detecção precoce pode ser alcançada pelo diagnóstico em mulheres com sintomas iniciais ou por exames de rastreamento periódicos em mulheres assintomáticas, identificando anormalidades sugestivas de neoplasia.
 
O método mais eficaz para a detecção da doença em estágios iniciais, antes mesmo de se tornar palpável, é a mamografia de rastreamento. A eficácia do rastreamento mamográfico estratégico foi comprovada pela redução da mortalidade por câncer de mama em 20 a 30% em mulheres acima de 50 anos de idade em países desenvolvidos e com cobertura de rastreio superior a 70% (IARC, 2008).
 
O exame mamográfico foi criado pelo médico radiologista francês Charles Gros em meados da década de 1960. Trata-se de uma radiografia específica das mamas. A imagem é obtida através da captação dos raios-X que atravessam o tecido mamário comprimido entre duas placas a fim de diminuir a sobreposição das estruturas e aproximá-las do filme detector. A imagem produzida é definitiva, e sua qualidade depende das condições técnicas durante a execução do exame. A partir da década de 1970 o exame foi revolucionado pela associação de filmes de alta definição com um écran intensificador de imagem, permitido então um processamento mais rápido e a diminuição da dose de radiação necessária para a obtenção da imagem. Ainda assim, uma em cada dez mulheres precisa repetir o exame para obter imagens complementares ou melhoradas.
 
Em janeiro de 2000 foi aprovado nos EUA o primeiro sistema mamográfico digital. Neste, os componentes detectores de radiação transmitem impulsos elétricos a um computador que projeta a imagem diretamente para um monitor. Exceto pela diferença de captação da imagem, ambos os métodos são semelhantes.
 
O posicionamento da paciente e a compressão das mamas são idênticos. A metodologia digitalizada oferece algumas vantagens que parecem evidentes:
 
- Processamento eletrônico mais rápido
- Imagens em forma de arquivos digitais
- Menor exposição à radiação (menor radiação absoluta e menor necessidade complementação de imagens)
 
Na mamografia convencional, o filme leva cerca de três minutos para ser revelado e, no caso de a imagem não ficar nítida, é preciso repetir o exame com a paciente posicionada novamente, o que ocorre em 10% dos casos. A imagem digital é processada em apenas cinco segundos e é possível melhorá-la no próprio monitor – ampliando-a ou alterando o contraste - sem depender da presença da mulher que se submete ao exame. Além disso, é possível aplicar softwares que auxiliam na interpretação das imagens, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso. Por serem imagens eletrônicas, os exames digitais podem ser armazenados ou transmitidos com mais facilidade. A mamografia digital expõe a paciente a 3/4 da dose de radiação da mamografia convencional. Mas é importante salientar, que a dose necessária para a execução da mamografia convencional já é pequena e não representa efeito deletério para a paciente.
 
Logo que surgiu o método digital foram iniciados estudos clínicos com a finalidade de comparar não só a comodidade tecnológica, mas também a acurácia diagnóstica de ambos os métodos. Os estudos publicados não mostraram diferença significativa na taxa de detecção de câncer de mama entre a mamografia digital e a mamografia convencional. Porém, eram estudos de poder estatístico limitado.
 
Em setembro de 2005 foram publicados os resultados preliminares de um grande ensaio clínico, iniciado em 2001, desenhado especificamente para medir possíveis diferenças discretas da acurácia diagnóstica da mamografia digital e convencional - o DMIST (Digital Mammographic Imaging Screening Trial). O estudo, conduzido pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, com um investimento de aproximadamente US$26 milhões, comparou sistematicamente ambos os métodos aplicados em 49.500 mulheres assintomáticas nos EUA e Canadá.
 
O estudo DMIST indicou que o rastreamento mamográfico digital detecta ao menos o mesmo número de cânceres que a mamografia convencional na mesma população. Ambos os métodos apresentaram sensibilidade de 70% no geral de mulheres estudadas. Não foi evidenciado qualquer benefício da mamografia digital na diminuição da taxa de resultados falso-positivos, como havia sido sugerido por estudos anteriores.
 
Entretanto, o estudo evidenciou um desempenho significativamente melhor da mamografia digital no rastreamento em três subgrupos distintos:
- Mulheres abaixo de 50 anos
- Mulheres de qualquer idade na pré-menopausa ou perimenopausa
- Mulheres de qualquer idade com mamas densas ou heterogeneamente densas
 
Nestes três subgrupos, a mamografia convencional alcança uma sensibilidade de apenas 55%, enquanto a sensibilidade da mamografia digital permanece em 70%. Foi também detectada uma tendência, sem significância estatística, do melhor desempenho da mamografia convencional em mulheres acima de 65 anos e mamas liposubstituídas. Não foi detectado benefício aparente do emprego da mamografia digital em mulheres acima de 50 anos, que não possuem mamas densas ou heterogeneamente densas ou em mulheres na pós-menopausa. Ainda não é possível afirmar se a diferença da sensibilidade da mamografia digital nos três subgrupos destacados implicará em uma redução ainda maior da mortalidade por câncer de mama através do rastreamento periódico, mas é provável que número de vidas salvas seja maior.
 
Atualmente, um dos principais obstáculos para a adoção do método digital é o seu custo elevado. Equipamentos digitais custam aproximadamente quatro vezes mais que mamógrafos convencionais e o preço de cada exame é 1,5 a 4 vezes superior.
 
A mamografia de rastreamento periódico certamente é uma das ferramentas principais na detecção precoce do câncer de mama, mas é preciso conhecer as limitações do método. Nem sempre a imagem é nítida o suficiente para mostrar as lesões. Estudos sugerem que 10% a 20% dos cânceres de mama detectados pelo auto-exame ou exame físico não são visíveis mamograficamente. No estudo DMIST nenhum dos dois métodos foi capaz de identificar todos os cânceres de mama na população estudada. É importante salientar que mulheres que apresentarem nódulos, alterações mamárias ou outros sintomas, mesmo após um rastreamento mamográfico normal, devem consultar um médico especialista.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Qual a diferença entre a radioterapia e quimioterapia?

O tratamento para o câncer pode ser extremamente dolorido. O câncer é uma doença que ataca o corpo humano sem nenhum motivo aparente. Os tratamentos para o câncer são divididos: podem ser a radioterapia ou a quimioterapia. Cada tratamento é usado de acordo com características do câncer e do organismo. Para isso, é preciso que os médicos saibam bem como está o tumor. A seguir, veja as diferenças entre uma radioterapia e uma quimioterapia.

A quimioterapia é o emprego de drogas para combater o câncer, os chamados quimioterapias, que atuam combatendo as células doentes, destruindo seus rastros e controlando seu desenvolvimento no organismo. Elas podem ser ministradas isoladamente ou através de uma combinação, sendo que a combinação tem resultados mais efetivos, pois cada aplicação tem um efeito maior. Além disso, várias drogas diminuem o risco de resistência a drogas e conseguem atingir células em diferentes fases de crescimento. A quimioterapia não é um tratamento isolado, podendo ser feito com a cirurgia e com a radioterapia, dependendo de fatores como tipo de tumor, localização e estágio da doença. Ela pode ser usada na prevenção da metástase, na recuperação do tumor para a cirurgia ou para melhorar a qualidade da sobrevida do paciente, o que é importante já que aumentam as chances de cura.


A radioterapia é usada para tratar um câncer local que ainda não teve metástase, ou seja, não está em fase avançada nem se espalhou por outras partes do corpo. Ela é dada através de radiações no tumor, que danifica o DNA das células e impede as células cancerosas de se reproduzirem mais. O bom da radioterapia é que o dano celular do DNA é herdado pelas outras células, portanto, elas morrem ou se reproduzem muito mais lentamente. Uma das principais limitações da radioterapia é que as células de tumores sólidos ficam deficientes em oxigênio, já que oxigênio torna os danos ao DNA permanentes.



 Fonte: http://www.sobrecancer.com/598/cancer-2/qual-a-diferenca-entre-a-radioterapia-e-quimioterapia

terça-feira, 24 de junho de 2014

Qual a diferença entre Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética?

Você sabe a diferença entre uma tomografia computadorizada e uma ressonância magnética? 


De acordo com a radiologista Amisa Guimarães, da URP Diagnósticos Médicos, a principal diferença entre os dois métodos é o tipo de sinal utilizado na formação das imagens.
“A tomografia computadorizada (TC) utiliza radiação ionizante, que são os raios-X. A ressonância magnética (RM) não. Na TC, os raios-X atravessam o corpo do paciente, sendo detectados do outro lado, dependendo da interação com os órgãos e tecidos. Já na RM, o paciente é submetido a um forte campo magnético associado a uma bobina de radiofreqüência, que emite os sinais sonoros. Estes modificam a rotação dos núcleos dos átomos de hidrogênio, presentes em quantidades diferentes em cada tecido. A interrupção da aplicação dos campos e sinais sonoros permite aos prótons retornarem ao seu estado basal. Quando o fazem, emitem sinais que serão geradores das imagens”, explica a médica.
Outra diferença significativa apontada pela radiologista é o tempo de realização dos exames. “Enquanto a TC leva em média cinco minutos, incluindo punção venosa e posicionamento, a RM leva 30 minutos”.
A Dra. Amisa diz que praticamente todo o corpo pode ser estudado por TC e RM. “Os dois métodos têm indicações clínicas distintas, sendo que determinadas doenças, órgãos ou sistemas são mais bem estudados por um ou outro método. Porém, algumas vezes as indicações são compartilhadas, como na avaliação hepática e vascular”.
A especialista diz que a RM apresenta sensibilidade e especificidade superiores para estudos neurológicos, assim como para investigação músculo - esquelética e das mamas. Já a TC é superior na análise pulmonar, óssea e das alças intestinais.
“Discutir os casos com o radiologista ajuda a definir o método ou métodos de diagnóstico mais apropriados. Muitas vezes, as informações provenientes de cada método são complementares”, diz a Dra. Amisa.
*Amisa Guimarães é médica radiologista da URP Diagnósticos Médicos
www.urp.com.br



sábado, 21 de junho de 2014

Princípios físicos


Interior de um tomógrafo
A TC baseia-se nos mesmos princípios que a conografia convencional, segundo os quais tecidos com diferentes composições absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar).
Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo analisada (radiodensidade), e traduz essas variações numa escala de cinzentos, produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador da primeira máquina de TC).

Procedimento de segurança

Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um anel de cerca de 70 cm de diâmetro. À volta deste encontra-se uma ampola de Raios-X, num suporte circular designado gantry. Do lado oposto à ampola encontra-se o detector responsável por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado.
Nas máquinas sequenciais ou de terceira geração, durante o exame, o “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a emitir raios X, que após atravessar o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Esses dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da seção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo.
Os equipamentos designados “helicoidais”, ou de quarta geração, descrevem uma hélice em torno do corpo do paciente, em vez de uma sucessão de círculos completo. Desta forma é obtida informação de uma forma contínua, permitindo, dentro de certos limites, reconstruir imagens de qualquer seção analisada, não se limitando portanto aos "círculos" obtidos com as máquinas convencionais. Permitem também a utilização de doses menores de radiação, além de serem muito mais rápidas. A hélice é possível porque a mesa de pacientes, ao invés de ficar parada durante a aquisição, durante o corte, tal como ocorre na tomografia convencional, avança continuamente durante a realização dos cortes. Na tomografia convencional a mesa anda e pára a cada novo corte. Na helicoidal a mesa avança enquanto os cortes são realizados.
Atualmente também é possível encontrar equipamentos denominados DUOSLICE, e MULTISLICE, ou seja multicorte, que, após um disparo da ampola de raios x, fornecem múltiplas imagens. Podem possuir 2, 8, 16, 64 e até 128 canais, representando maior agilidade na execução do exame diagnostico. Há um modelo, inclusive, que conta com dois tubos de raios-x e dois detectores de 64 canais cada, o que se traduz em maior agilidade para aquisição de imagens cardíacas, de modo que não é necessário o uso de beta-bloqueadores. Permite também aquisições diferenciais, com tensões diferentes em cada um dos emissores, de modo a se obter, por subtração, realce de estruturas anatômicas.
Com essa nova tecnologia é possível prover reconstruções 3D, MPR (MultiPlanarReconstrucion) ou até mesmo mensurar perfusões sanguíneas.

Características das imagens tomográficas

Tomografia computadorizada 
Documentário de 1977 sobre tomografia computadorizada
Entre as características das imagens tomográficas destacam-se os pixeis, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas.
O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por uma certa quantidade de pixeis. O conjunto de pixeis está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixeis numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas. E apos processos de reconstrução matemática, obtemos o Voxel (unidade 3D) capaz de designar profundidade na imagem radiológica.
O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixeis em colunas e 512 pixeis em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0,023 cm (12 cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 50 cm (se tiver uma matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai ser cerca de quatro vezes maior, ou próximo de 1 mm). Não devemos esquecer que FOV grande representa perda de foco, e consequentemente radiação x secundaria.
Em relação às imagens, existe uma convenção para traduzir os valores de voltagem detectados em unidades digitais. Dessa forma, temos valores que variam de –1000, onde nenhuma voltagem é detectada: o objeto não absorveu praticamente nenhum dos fótons de Rx, e se comporta como o ar; ou um valor muito alto, algo como +1000 ou mais, caso poucos fótons cheguem ao detector: o objeto absorveu quase todos os fótons de RX. Essa escala onde –1000 é mais escuro, 0 é um cinza médio e +1000 (ou mais) é bem claro. Dessa forma quanto mais RX o objeto absorver, mais claro ele é na imagem. Outra vantagem é que esses valores são ajustados de acordo com os tecidos biológicos.
A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. A escala de cinzas é que é responsável pelo brilho de imagem. Uma escala de cinzas foi criada especialmente para a tomografia computadorizada e sua unidade foi chamada de unidade Hounsfield (HU), em homenagem ao cientista que desenvolveu a tomografia computadorizada. Nesta escala temos o seguinte:
  • zero unidades Housfield (0 HU) é a água,
  • ar -1000 (HU),
  • osso de 300 a 350 HU;
  • gordura de –120 a -80 HU;
  • músculo de 50 a 55 HU.
As janelas são recursos computacionais que permitem que após a obtenção das imagens a escala de cinzas possa ser estreitada facilitando a diferenciação entre certas estruturas conforme a necessidade. Isto porque o olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto na tomografia no mínimo, como visto acima há 2000 tons. Entretanto, podem ser obtidos até 65536 tons – o que seria inútil se tivéssemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. A janela é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo.
Numa janela define-se a abertura da mesma ou seja qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor numérico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela.
O uso de diferentes janelas em tomografia permite por exemplo o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo.
As imagens tomográficas podem ser obtidas em dois planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio ou seja é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tridimensionais.
Como na radiografia convencional o que está sendo analisado são diferenças de densidade, que podem ser medidas em unidades Hounsfield.
Para descrever diferenças de densidades entre dois tecidos é utilizada uma nomenclatura semelhante à utilizada na ultrassonografia: isoatenuante, hipoatenuante ou hiperatenuante. Isoatenuante é utilizada para atenuações tomográficas semelhantes. Hipoatenuantes para atenuações menores do que o tecido considerado padrão e hiperatenuante para atenuações maiores que o tecido padrão (geralmente o órgão que contém a lesão é considerado o tecido padrão, ou quando isto não se aplica, o centro da janela é considerado isoatenuante).

Vantagens e desvantagens


Tomografia à cabeça. É visível o cerebelo, seios etmóides e globo ocular.

Vantagens

A principal vantagem da TC é que permite o estudo de "cortes" ou secções transversais do corpo humano vivo, ao contrário do que é dado pela radiologia convencional, que consiste na representação de todas as estruturas do corpo sobrepostas. É assim obtida uma imagem em que a percepção espacial é mais nítida. Outra vantagem consiste na maior distinção entre dois tecidos. A TC permite distinguir diferenças de densidade da ordem 0,5% entre tecidos, ao passo que na radiologia convencional este limiar situa-se nos 5%. Desta forma, é possível a detecção ou o estudo de anomalias que não seriam visualizadas em radiografias comuns, ou através de métodos invasivos, sendo assim um exame complementar de diagnóstico de grande valor.

Desvantagens

Uma das principais desvantagens da TC é devida ao fato de utilizar radiação X. A principal característica deste tipo de radiação é que é ionizante, ou seja, tem a capacidade de arrancar elétrons dos átomos por onde passa. Este tem um efeito negativo sobre o corpo humano, sobretudo pela capacidade de causar mutações genéticas, visível sobretudo em células que se multiplicam rapidamente. Embora o risco de se desenvolverem anomalias seja muito baixo, é de extrema importância que as exposições médicas à radiação ionizante sejam controladas de forma adequada dentro do princípio de ALARA e das normas de proteção radiológica. Este exame tem se tornado, com o passar dos anos, um dos principais métodos de diagnóstico por imagem para avaliação de estruturas anatômicas.

Tomografia de Crânio

Muito Bom
Tomografia de Crânio

Fonte: http://pt.slideshare.net/?ss